quarta-feira, 12 de maio de 2010

contos de pescadores


APARIÇÃO
Aconteceu em um dia de chuva na praia do meio.
Um pescador desceu do barco e colocou a malhadeira, quando chegou no final  da paia , o pescador  e o seu irmão encostaram a canoa na praia. Os dois começaram a tirar os peixes da malhadeira, o mesmo tirou o farol e iluminou no meio do rio e na praia , logo percebeu que tinha uma coisa olhando para eles. Quando iluminou mais uma vez viu uma pessoa que parecia um homenzinho, baixinho, negro, das orelhas enormes. Logo pensou no nego d’água. Esse pulou na água  assim que  percebeu que estava sendo observado.
Quando amanheceu o dia eles  contaram a historia para os outros  pescadores que zombaram deles dizendo que era a Martinta Pereira. Mas nessa mesma noite  assim que os pescadores retiraram as malhadeiras, observaram a mesma figura na beira da praia e ficaram com tanto medo que logo desmontaram o acampamento e foram embora, deixando todo pescado para traz.


A Moça Desaparecida
Certa vez, no ano de 1980, eu vivi  um momento de muito medo,  quando estava pescando na barragem próximo da hidrelétrica de Tucuruí. Nessa  época    era tudo cheio de pau  e mata virgem. Na ilha que eu estava  tinha 15 pessoas. Perto dali havia um  povoado e numa ilha  próximo ao pedral   tinha um casal de namorados. Ela tinha 16 anos e ela 21.  Os  dois estavam de namoro na beira  do rio  quando de repente  ouviram  uma canção encantadora. Encantados eles  resolveram  seguir o som da música.  Pegaram uma canoa e foram seguindo o som,  chegando lá, os dois muito cansados  adormeceram ao som da bela música.  Ao amanhecer o rapaz acordou   e percebeu que a sua amada não estava lá.  Até hoje ela não apareceu. Nessa época , eu e meu parceiro  estávamos pescando quando ouvimos  uma música vindo do mesmo lugar onde aconteceu o ocorrido fato.  Nós ficamos com muito medo e não fomos  mais despescar as malhadeiras. Quando amanheceu o dia os peixes estavam podres , mas nós   estávamos vivos e não desaparecidos.  Nessa época eu tinha 30 anos e  até hoje sinto arrepio de medo
quando lembro do som daquela música.


A camisa
 Seu Raimundo, um homem muito humilde e trabalhador tinha a mania de recolher alguns objeto como: sandálias havaianas  para retirar  o cabresto e roupas usadas. Certo dia saiu para trabalhar  na sua profissão de pedreiro, num lugar conhecido como Tabocão. Chegando lá encontrou  no chão uma camisa de mangas compridas novinha  e levou-a para casa. Alguns dias depois, numa noite muito fria, seu filho vestiu aquela  camisa para dormir. Durante à madrugada  sentiu que alguém puxava sua camisa  e pedia para devolve-la. Ele abiu os olhos  e não via ninguém, voltava a tentar dormi novamente , mas de repente, começaram a puxar outra vez a sua camisa. A  criatura puxava para cima e ele segurava e puxava para baixo. Foi um puxa-puxa daqueles. Depois, muito assustado  tirou a camisa e jogou-a no chão.
Quando o dia amanheceu a criança avisou para seu pai do acontecido. Então seu Raimundo deduziu que aquela camisa seria de alguém que já havia morrido. O garoto com muito medo colocou-a  no quintal pendurada numa cerca..
No outro dia perceberam que a camisa havia desaparecido e nunca mais eles esqueceram aquele fato.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

FESTA JUNINA

No mês de junho Marabá vira uma só palco. Em todas as ruas, escola, igrejas e praças  é realizada a famosa festa junina. Marabá se transforma numa típica cidade junina. 
A SEGDETUR, abre as inscrições para grupos de bois- bumbá, quadrilhas roceiras e alegórica, onde fazem o espetáculo desta festa caipira. Tradicionalmente esta festa acontecia na Praça São Félix, a mais antiga da cidade. Hoje com a criação da Orla o palco foi transferido para a Praça do Coqueiro, trecho da orla no Bairro Santa Rosa. A abertura é feito com o desfile das quadrilhas na avenida  principal da Cidade(Av. Antonio Maia) em direção ao Arraial, onde encontra-se montadas o palco,as barracas de comidas típicas.

EXPRESSÕES E SIGNIFICADOS

BURRA-DE-FRENTE-Mulher vestida cm exagero, demasiadamente enfeitada. 



BANZEIRO-Corredeira, ondas levantadas pelo vento ou pela passagem de embarcações.


ASSUNTÁ- Prestar atenção, ouvir.

AVEXÁ-Apressar 

PILA- ladrão

SIÁ-  substitui o substantivo feminino( mulher, colega, moça). É usado para expressar intimidade.

ÉGUA-  usado em situação de admiração em situação de elogio.